Raquel Maria Rigotto é médica, especialista em Medicina do Trabalho, mestre em Educação, doutora e pós-doutora em Sociologia. Atualmente é professora titular aposentada ativa do Departamento de Saúde Comunitária da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará.
Tem atuado na área de Saúde Coletiva, com diversos trabalhos publicados em periódicos nacionais e internacionais sobre a temática do desenvolvimento, saúde e ambiente e saúde do trabalhador. Coordena o Núcleo Trabalho, Meio Ambiente e Saúde (TRAMAS). Recentemente concluiu a pesquisa sobre conflitos socioambientais no Ceará, com foco na industrialização, carcinicultura, indústria calçadista, agrotóxicos e mineração de urânio e fosfato.
É integrante do GT Saúde e Ambiente da Abrasco e da Rede Brasileira de Justiça Ambiental.
Raquel Rigotto em sua trajetória como professora e pesquisadora na área de saúde e ambiente tem problematizado a função social da Ciência Moderna e seu entrelaçamento com o processo de acumulação capitalista, condição que levou a ciência a uma importante “força produtiva” e que tem contribuído para a consolidação de um modelo de sociedade sustentado na exclusão, desigualdades sociais, exaustão do patrimônio ambiental e mecanismo de manipulação e dominação, auxiliando desta forma a consolidação e ampliação da ordem capitalista.
Diante de suas pesquisas sobre o modelo de desenvolvimento do Brasil e as repercussões na saúde e vida das populações mais vulneráveis, a Profa. Raquel Rigotto buscou novos caminhos epistemológicos para a produção do conhecimento, tendo como estratégia a aproximação do saber popular e tradicional ao saber científico. Com tal entrelaçamento as pesquisas do Núcleo Trabalho, Meio Ambiente e Saúde (TRAMAS), que a Profa. Raquel Rigotto coordena, tem buscado produzir novos saberes e práticas com vistas a auxiliar as lutas sociais voltadas para a promoção da equidade e justiça socioambiental.